Curiosidados: Carnaval do Rio de Janeiro em dados

Você já escutou a expressão que diz que quem não gosta de samba, bom sujeito não é, não é mesmo?

Aqui na Segmento Pesquisas somos doidos por samba...e por dados!  

Por isto criamos a seção Curiosidados, uma iniciativa da Segmento para transformar assuntos legais, ou pelo menos que a gente curte, em dados, visualizações e informações estatísticas. 

Resolvemos unir nossas duas paixões e trazer alguns curiosidados sobre esta paixão brasileira: o Carnaval!

Neste artigo, vamos falar sobre os desfiles das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro.

Quais as escolas campeãs do carnaval do Rio de janeiro? Quem mais ganhou? Quais as palavras mais usadas nos títulos dos sambas-enredo? Quais carnavalescos, escolas e épocas que marcaram história na avenida?  

Nada mais justo do que começarmos pela primeira edição, que ocorreu em 1933 e a Mangueira foi a primeira campeã do carnaval.

Cartola, um dos fundadores da Mangueira, compôs uma música onde relata o orgulho da comunidade sobre terem sido os primeiros campeões, chamada Sala de Recepção.

De lá para cá, já foram realizadas 87 edições até a que ocorrerá agora em 2019 e foram 16 escolas campeãs.

Quais as escolas de samba do Rio de janeiro que mais ganharam títulos?

Fizemos uma nuvem de palavras das escolas que mais ganharam os carnavais. Embora a Mangueira tenha ganhado a primeira edição, é a Portela quem tem o maior número de conquistas. Portela (22), Mangueira (19), Beija-Flor (14), Salgueiro (9), Império Serrano (9) e Imperatriz Leopoldinense (8) se destacam, mas, entre nós,  pode confessar: você sabia que uma escola de samba chamada Vizinha Faladeira já havia levantado esse caneco?

Isto lá em 1937...

A nuvem, além de revelar as escolas que mais ganharam, mostra também a diversidade e festival das cores que representam as escolas de samba.

Além da nuvem das escolas, fizemos o gráfico abaixo que se chama Treemap, e que mostra de uma maneira visual a quantidade de conquistas de cada escola considerando todas as edições de 1933 até 2018.  

Linha do Tempo

Diferentes décadas, diferentes escolas campeãs do carnaval do Rio de Janeiro...

Interessante também é visualizarmos a conquista das escolas de samba do Rio de Janeiro através da linha do tempo. O gráfico abaixo mostra as escolas campeãs em todas as edições do carnaval. Nesta visualização, é possível constatar que a Portela, a maior vencedora, tem seu grande período de conquistas entre as décadas de 1940 e 60, passando por um grande jejum a partir de 83 até novamente desfilar de campeã em 2018. Mangueira já apresenta conquistas mais equilibradas ao longo do tempo.  Beija-Flor é a escola que mais fatura a partir do novo milênio.  

Outro dado interessante é que, em alguns anos, mais de uma escola venceu o mesmo desfile, recebendo a premiação.

Gráfico 3. TimeLine: As conquistas das escolas ao longo do tempo (período 1933 a 2019)

Na boca do povo

Os sambas-enredo das escolas campeãs do carnaval do Rio de Janeiro

É carnaval, é a doce ilusão... então vamos falar dos sambas-enredo das campeãs? Qual aquele samba que não sai da tua cabeça? Alguns são inesquecíveis, não é mesmo?

Gráfico 4. Os sambas-enredo das escolas (período 1933 a 2019).

Quais as palavras mais citadas nos títulos dos sambas-enredo das escolas campeãs do carnaval do Rio de Janeiro?

Brasil, Mundo, Rei, Samba, Cana e Carnaval... as palavras mais citadas nos títulos dos sambas-enredo das escolas campeãs do carnaval do Rio de Janeiro.

As palavras que, vamos combinar, todo brasileiro gosta.

Na nuvem de palavras abaixo, apresentamos as palavras que mais foram citadas nos títulos dos sambas-enredo das campeãs.

Gráfico 5. WordCloud: As palavras mais citadas dos sambas-enredo (período 1933 a 2019).


É hoje o dia, da alegria…

A lista de sambas-enredo campeões é longas, e a preferência é algo pessoal...mas, já que hoje é o dia da alegria e sonhar não custa nada, tomamos a liberdade liberdade e listamos os cinco que não param de tocar na vitrola da Segmento 😉. Só, cuidado, com o explode coração, porque atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu...

● União da Ilha do Governador – “É hoje o dia” (1982)

● Mocidade - ‘‘ Sonhar não custa nada! Ou quase nada ‘‘ (1992)

● Mangueira - ‘‘ Atrás da Verde e Rosa só não vai quem já morreu ‘‘ (1994)

● Imperatriz Leopoldinense – ‘‘ Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós ‘‘ (1989) - Foi inspirado no refrão do Hino da Proclamação da República e é um dos mais conhecidos da história do carnaval carioca. O enredo contou a história sobre o fim da monarquia brasileira e a proclamação da república, tendo como personagens históricos, D. Pedro II, Princesa Isabel e Marechal Deodoro.

● Salgueiro - ‘‘ Explode coração ‘‘ (1993)

Ops, era para ser as cinco apenas, mas não tinha como deixar aquarela brasileira de fora...

● Império Serrano - Aquarela Brasileira (1964)

É um clássico dos samba-enredos. Silas de Oliveira compôs o samba para a Império Serrano em homenagem à música “Aquarela Brasil”, de Ary Barroso. “Aquarela Brasileira” se tornou tão ícone que a escola fez uma reedição do enredo em 2004.

Os principais carnavalescos das escolas de sambas do Rio de Janeiro.

E não tem como falar das escolas campeãs sem falar dos carnavalescos e seus desfiles inesquecíveis. A WordCloud abaixo mostra os carnavalescos que mais venceram os desfiles de carnavais.

Gráfico 6. WordCloud: Os carnavalescos que mais ganharam (período 1933 a 2019).

O carnavalesco que mais ganhou foi Joãosinho Trinta, com 8 títulos, seguido de perto pela carnavalesca Rosa Magalhães, com 7 títulos, todos pela Beija- Flor. O gráfico abaixo mostra os títulos dos carnavalescos e as escolas onde venceram, nem sempre a mesma e mostra que fidelidade é assunto matrimonial, não de carnaval!

Gráfico 7. Os carnavalescos e suas escolas campeãs (período 1933 a 2019).

Um dos desfiles mais geniais do carnavalesco Joãosinho Trinta e considerado por muitos como o melhor desfile de todos os tempos, foi com a Beija-Flor, em 1989, com Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia. O carro abre-alas trazia uma reprodução do Cristo Redentor vestido como um mendigo. Às vésperas do carnaval, porém, a Arquidiocese do Rio de Janeiro conseguiu uma ordem judicial proibindo a apresentação da alegoria.

Joãosinho Trinta não se deu por vencido, cobriu a alegoria com um plástico preto e acrescentou uma faixa com a frase "mesmo proibido, olhai por nós”.

Uma das partes mais emocionantes é quando, no meio do desfile, os integrantes da escola começam a tirar a capa que censurava o Cristo Redentor Mendigo, levando a plateia ao êxtase.

Embora tenha ficado em segundo lugar e perdido para a Imperatriz Leopoldinense que foi majestosa com o samba-enredo Liberdade Liberdade, este desfile marcou a Passarela do Samba como um dos desfiles mais impactantes da história do carnaval carioca.

Não viu este desfile memorável?  Então confere no vídeo:

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